Processos de resistência de mulheres camponesas: olhares pela perspectiva decolonial

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Renata Borges Kempf
Josiane Carine Wedig

Resumo

Este artigo aborda as dinãmicas de organização de mulheres camponesas, observando como elas, em contextos especí­ficos, constroem ações coletivas que produzem mudanças nas relações de poder e de opressão. A análise, orientada pela perspectiva decolonial, é um estudo de caso em uma agroindústria familiar no municí­pio de Pranchita-PR. As mulheres camponesas vivenciam situações que as diferenciam das mulheres urbanas e também dos camponeses (homens). Como parte de ambas as categorias (mulher e camponês), elas sofrem duplamente os efeitos da modernidade e da colonização. Dessa maneira, o objeto do artigo se encontra na intersecção de ambas as categorias - mulher camponesa.

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Como Citar
Kempf, R. B., & Wedig, J. C. (2019). Processos de resistência de mulheres camponesas: olhares pela perspectiva decolonial. Mundo Agrario, 20(43), e111. https://doi.org/10.24215/15155994e111
Secção
Comunicaciones

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